O solo já está preparado para a semeadura direta. Nos canteiros, algumas sementes já germinaram e os produtores seguem o trabalho para garantir a produção. O técnico agrícola Cravil, Leandro Warmling, explica que esse é um estágio essencial da safra. “O produtor trabalha no preparo do solo, melhorando o poder nutricional dele para aguardar a semeadura direta ou mesmo o transplante de mudas. Essa é uma fase vital para o bom desenvolvimento da lavoura”.
Em paralelo aos cuidados na lavoura, o produtor está preocupado com o cenário incerto. A estiagem tem preocupado muito, já que o longo período sem chuvas secou muitos reservatórios utilizados para irrigação da cebola. A desvalorização do real perante ao dólar, está encarecendo a produção, e o mercado que neste momento está favorável, não está garantido até a próxima colheita.
“Eu comprei os produtos no cedo, o dólar ainda não estava na casa dos R$ 5,00 e isso ajudou. O custo por hectare na safra passada ficou em torno de R$ 20 mil, para essa já estimamos algo próximo de R$ 25 mil”, explicou o associado, Laertes Mohr. Na propriedade da família Mohr, no Rio Novo, em Ituporanga, a implantação da lavoura ocorre por meio da semeadura direta, previsto para o mês de maio, e a colheita inicia no final de outubro.
A família Petry, da Bela Vista em Ituporanga, produz cebola no sistema transplante de mudas. A semeadura nos canteiros é feita de forma escalonada com diferentes variedades de cebola. “Estamos preparando os canteiros e semeando. O transplante de mudas começa no final de junho e se estende até final de agosto, obedecendo o ciclo das variedades escolhidas”, explicaram os irmãos Fábio e Fabricio Petry.
Na região de atuação da Cravil, cerca de 15 mil hectares são destinados à cultura da cebola, e a cooperativa tem investido cada vez mais em assistência técnica para atender o produtor e associado. O planejamento antecipado e decisões técnicas assertivas, são essenciais para o bom andamento da safra.
