Com objetivo de dar continuidade ao trabalho de análise e compartilhamento de informações e conhecimento sobre potenciais produtos da região para Indicação Geográfica no Vale do Itajaí, a Cravil reuniu entidades públicas e privadas. “Estudos já realizados indicam que a cebola e o arroz irrigado tem potencial para certificação, isso foi apresentado num Workshop sobre Indicação Geográfica (IG) realizado em 2012, em Rio do Sul. Desde lá, algumas reuniões e encontros foram realizados para debater o assunto, mas de fato agora, também com o apoio do Sebrae queremos identificar os passos necessários para a certificação do Arroz Irrigado do Vale do Itajaí”, explicou o presidente da Cravil, Harry Dorow.

Participaram desta reunião representantes da Epagri, do Sebrae, da Secretaria de Estado da Agricultura, da Associação Empresarial de Rio do Sul (ACIRS), da Unidavi, do IFC de Rio do Sul, da Regional da FAESC e da cooperativa Cravil, e um associado e rizicultor. “Os consultores do Sebrae pegaram esse material do worshop de 2012 e puderam fazer um estudo mais aprofundado, identificando a possibilidade da certificação. Agora a proposta é conversar com os produtores de arroz”, evidenciou durante o encontro a gerente do Sebrae Alto Vale, Ana Paula Rosenbrock.

Durante a reunião virtual, todos os convidados destacaram a importância deste trabalho ter continuidade. O diretor de Cooperativismo e Agronegócio da Secretaria de Estado da Agricultura, Léo Kroth, destacou em sua participação que o IG é uma proteção geográfica, proteção do território, e que vem proteger o saber fazer de um determinado produto. “O sucesso de uma indicação geográfica só acontece quando todos se envolvem. Estamos à disposição para auxiliar no que for preciso”.

Todas as entidades e profissionais se colocaram à disposição para dar sequência aos trabalhos para Indicação Geográfica do Arroz Irrigado do Vale do Itajaí, acreditando que a certificação valorizará o arroz produzido na região afetando principalmente a competitividade. A Indicação Geográfica no Brasil é concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) a uma região geográfica que se tornou conhecida ou apresenta vínculos relativos as qualidade características de um produto ou serviço. A IG se divide em duas formas:

  • Indicação de Procedência (IP) - É o nome geográfico de localidade ou região que se tornou conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço;
  • Denominação de Origem (DO) - É o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço, cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

Em Santa Catarina já existem três produtos com registro de Indicação Geográfica a IP Vales da Uva Goethe, para vinhos e espumantes de Uva Goethe; a DO Banana da Região de Corupá; e a DO Campo de Cima da Serra, para o Queijo Artesanal Serrano. Contudo, outros processos estão sendo construidos e estudados em diferentes áreas e regiões. “No último trimestre de 2020, o Sebrae diagnosticou mais de 20 territórios e seus produtos associados em Santa Catarina, buscando identificar os principais gargalos e potenciais para que esses integrassem iniciativas de construção de Marcas Coletivas ou Indicações Geográficas. Na região do Alto Vale do Itajaí, um produto foi selecionado: o arroz, que revelou seu elevado potencial como futura Indicação Geográfica, na modalidade Denominação de Origem (DO)”, revelou o consultor do Sebrae, Alan David Klaumann.

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