Para desenvolver ainda mais o agronegócio catarinense, um dos mais diversificados e competitivos do Brasil, o novo governo do Estado prevê ações como mais infraestrutura ao campo, criação de um seguro agrícola, entrega de títulos de propriedades e criação de fundo com recursos de multinacionais para apoiar pequenos agricultores. As informações são do novo secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, em entrevista a NSC.

O  secretário que é engenheiro agrônomo, técnico agrícola e produtor rural, traz a experiência de sete mandatos como deputado federal, de secretário-adjunto de Agricultura de SC e de superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras. Quando deputado, foi um dos líderes para aprovação do novo Código Florestal Brasileiro, lei que, segundo ele, ainda precisa ser implantada em SC.

Um dos projetos prioritários do governador Jorginho Mello é a criação de um seguro agrícola para pequenas propriedades de Santa Catarina. O novo secretário disse que o plano é lançar um seguro de baixo custo, mas que garanta o resultado da safra quando ocorrem eventos climáticos e outros. O projeto deverá ter aprovação da Assembleia Legislativa.

A oferta de qualificação e assistência ao homem do campo será uma das prioridades da nova gestão, mas Colatto pensa em fazer algo novo. Quer aproximar as diferentes instituições que prestam esses serviços para que se evite ações repetitivas e, assim, seja possível oferecer mais serviços.

– Eu quero ser um animador do processo de agricultura. Como conheço a agricultura nível Brasil e Santa Catarina, eu quero juntar todo esse potencial técnico da agricultura e pecuária para fazer um trabalho organizado, ordenado com esse pessoal, que é um exército de técnicos de tudo quanto é lado. Temos o Senar, Sesi, Sescoop, cooperativas, Cidasc, Epagri. É um exército de gente. Quero trazer esse pessoal para a mesa, ver o que cada um faz e buscar recursos disponíveis – disse o novo secretário.

Outro plano novo é criar um fundo com recursos de multinacionais para apoiar os pequenos produtores. Segundo Colatto, é preciso fazer com que as multinacionais, as grandes empresas, ajudem os pequenos produtores. Isso porque esses fabricantes de fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos são os fornecedores dos agricultores e levam todo o lucro embora. O pequeno produtor está só com a terra e a mão de obra.

O governo pretende realizar também mais ações para manter o homem no campo, para que as propriedades tenham sucessão. Conforme Colatto, para isso, é preciso levar para o interior internet de qualidade, resolver o problema de falta de água e melhorar estradas vicinais. A maioria dessas vias, hoje, não têm pontes e condições para dar suporte a caminhões.

Outra ação prevista é na área de regularização de propriedade, isto é, ajudar proprietários de áreas rurais para conseguir as escrituras dos seus imóveis. Isso porque, no Estado, são mais de 100 mil propriedades rurais sem títulos. O prazo para essa regularização foi ampliado até 2024.

Fonte: NSC por Fecoagro (Foto: Cravil).

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