Santa Catarina está no período de vazio sanitário da soja desde o dia 15 de junho. Nestes 90 dias, que seguem até o dia 15 de setembro, não se pode manter plantas vivas ou remanescentes de soja no campo. O objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra.

“Nós da Cravil reforçamos a importância deste manejo, principalmente para fazer controle da ferrugem asiática que é uma doença que precisa do hospedeiro vivo, ou seja, precisa que a planta esteja viva na área para que ela consiga a ponte verde para atravessar de uma safra até a outra. Fazendo esse manejo do vazio sanitário, a gente diminui a probabilidade de ocorrência desta doença na fase inicial da cultura”, explica o engenheiro agrônomo Cravil, especialista em soja, Tiago Petry.

O manejo para o vazio sanitário é de interesse público, no Brasil 13 estados e o Distrito Federal adotam a medida. No Paraguai, o vazio sanitário também existe e é chamado de pausa fitossanitária. De acordo, com Petry, este momento também serve para fazer manejo de controle de algumas plantas daninhas mais resistentes na cultura da soja. “Esse controle se faz com o uso de herbicidas de maior residual que dependem ou precisam de uma carência de 60 até 90 dias antes do plantio da cultura de verão. Como estamos na metade do mês julho, estamos no limite para fazer esse manejo”, ressalta.

O manejo adequado neste período de vazio sanitário é o primeiro passo para o planejamento da próxima safra de verão e pode ser determinante para a redução de custos da produção. “Apesar de ser um manejo previsto por lei, o vazio sanitário é de todo interesse e de benefício dos produtores”, conclui o agrônomo Cravil, Tiago Petry.

Santa Catarina está no vazio sanitário da soja-1.png

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