Cooperativismo e economia foram temas do 1º Fórum das Cooperativas do Alto Vale, promovido pelo Núcleo de Cooperativas, da Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs). O evento realizado no dia 3 de setembro em Rio do Sul, reuniu dirigentes e colaboradores das cooperativas que atuam na região, foram cerca de 150 pessoas. Na programação, a apresentação do cooperativismo brasileiro através do presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Marcio Lopes de Freitas e um panorama sobre a economia na palestra “A política econômica em cenários de incertezas” do economista, Otto Nogami.

De acordo com o presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas o cooperativismo abrange 30% da população brasileira. “O movimento congrega mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, estamos presentes em 95 países. No Brasil, somos em 6.647 cooperativas que geram 361 mil empregos diretos, só em Santa Catarina já atingimos 1,9 milhão de associados. E são com ações como essas, desenvolvidas aqui em Rio do Sul, que crescemos cada vez mais”.

Freitas destacou que a ideia dos núcleos de cooperativas já foi experimentada em outras regiões do país, especialmente, no Paraná e em Minas Gerais e deu certo. “Nós precisamos nos despir das vaidades e das histórias das cooperativas individualmente e estar neste grupo contribuindo para o cooperativismo regional. Agregar ideias e a força das cooperativas de origem afim de alavancar processos de desenvolvimento de intercooperação e de sinergia econômica”.

O presidente da Organização das Cooperativas Catarinenses, Ocesc/Sescoop, Luiz Vicente Suzin, também se fez presente no evento e ressaltou que a iniciativa do Alto Vale pode servir de modelo para outras regiões do estado. “É uma integração muito importante para o desenvolvimento do cooperativismo catarinense. Este núcleo é pioneiro em Santa Catarina, por isso quero parabenizar esse grupo do Alto Vale pela iniciativa que, com certeza, vai despertar para outras regiões de Santa Catarina”.

A Cravil é uma das 12 cooperativas que compõe o Núcleo das Cooperativas do Alto Vale. Para o presidente da Cravil, Harry Dorow, que esteve no Fórum junto com outros membros do Conselho de Administração e gerentes, a organização das cooperativas da região estimula a intercooperação e fortalece o movimento cooperativista. “O Alto Vale tem uma característica muito própria do cooperativismo e já é de longa data. Tenho certeza que essa união das cooperativas, através da Associação Empresarial de Rio do Sul vai fortalecer cada vez mais o cooperativismo, e não apenas da nossa região, mas de toda Santa Catarina”.

O cooperativismo como alternativa para a economia

O economista, Otto Nogami, além de falar sobre os três principais indicadores da macroeconomia: Inflação, resultados fiscais e taxa de câmbio, ressaltou que apesar das incertezas políticas e econômicas do Brasil, o cooperativismo tem auxiliado no processo de crescimento, fomentando ações coletivas. “A atividade cooperativista serve como alavancador dos processos de crescimento da renda e da melhoria da condição de bem-estar da sociedade. O setor agrícola, por exemplo, é o setor com mais capacidade de poupar, e a medida que cresce essa capacidade, melhora também a capacidade de investir na economia”.

O presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas, destacou a importância do cooperativismo principalmente na base da economia, a produção, especialmente, a de alimentos. “Hoje 50% do total da produção de alimentos passa por uma cooperativa. A agropecuária vem sustentando a economia e isso só foi possível através do trabalho conjunto, dos produtores associados e das cooperativas”.

Sobre a crise que assola o Brasil, Nogami foi enfático “essa estúpida carga tributária só pode ser combatida com eficiência e o aumento da capacidade produtiva”. O economista, ressaltou ainda, que o Brasil vem sinalizando uma decadência econômica há 13 anos. “Foram um conjunto de decisões equivocadas de natureza econômica que levaram a um conflito político e essa combinação é explosiva. Precisamos de medidas firmes, como se diz no esporte, não há vitória sem dor. Contudo, ainda temos impasses, temos soluções de natureza técnica, mas nos falta interesse político para resolver os problemas”.

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