Durante a 26ª Expofeira Nacional da Cebola, em Ituporanga, ocorreu a assinatura da renovação do Programa de Incentivo à Produção de Cereais de Inverno, destinada a alimentação animal. Na oportunidade, o governador Carlos Moises e o secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Mioto Ternus, autorizaram o início do programa, junto ao presidente da Cravil, Harry Dorow e o produtor Heleno Fiabane, representando todos os produtores.

 

Neste ano, serão investidos R$ 10 milhões para incentivar o cultivo de cereais de inverno. O Terra Boa dará uma subvenção de R$ 300 por hectare efetivamente plantado com cereais de inverno, num limite de 10 hectares por produtor. “Foi uma grande oportunidade que o governador utilizou na Festa Nacional de Cebola de assinar uma nova proposta para o cereal de inverno. Nós que iniciamos esse projeto, e conseguimos evoluir muito com Estado no ano passado, queremos incentivar ainda mais o plantio de inverno e com mais recursos, temos certeza que nosso produtor vai aderir”, explicou o presidente da Cravil, Harry Dorow.

 

O secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Mioto Ternus, reforçou que programa de incentivo à produção de cereais teve um ótimo desempenho na região de atuação da Cravil e que deve expandir neste segundo ano também para outras regiões. “Alcançamos em 2021, 4 mil hectares cultivados, nosso objetivo é chegar a 20 hectares, não só no Alto Vale, mas em todas as regiões do estado. Esse programa é uma semente que foi semeada e temos a plena convicção que será uma política de estado que pode ajudar a diminuir o déficit de milho em Santa Catarina”.

 

O grande esforço do Estado para aumentar o cultivo de cereais de inverno se dá pelo imenso consumo de milho das cadeias produtivas de carnes e leite. Só no ano passado, a parceria entre Estado, Cravil e o Pamplona Alimentos gerou um movimento econômico no inverno de mais de R$ 50 milhões.

 

Outra característica importante dos cereais de inverno é a conservação do solo, além de ser uma safra a mais para o produtor, o plantio de trigo ou triticale, prepara o solo para a safra de verão. O produtor Heleno Fiabane, de Palmeira, que fez o plantio de trigo no ano passado se disse satisfeito com o resultado econômico já no primeiro ano de cultivo e destacou a diferença que sentiu na soja. “Nós notamos diferença porque a soja que estava dando mais perca é a soja do cedo, e essa soja que foi plantada depois do trigo sentiu menos a seca pela palhada, pelo trabalho de solo que o trigo deixou, pela adubação que foi feita e por ela ter sido plantada mais tarde. Então a gente vai antecipar um pouco o plantio do trigo esse ano, aumentar um pouco a área, justamente para fazer uma janela de plantio maior”.

 

Para se habilitar ao projeto, os produtores rurais devem procurar as cooperativas agropecuárias participantes do programa, a Cravil é uma delas, para manifestar o interesse em fazer a semeadura de cereais de inverno. Cooperativas e casas agropecuárias fornecem as sementes e insumos para o plantio e o produtor realiza o pagamento ao final da safra, quando entrega os grãos e recebem o subsídio por hectare cultivado.

 

Os grãos entregues pelos produtores às cooperativas são destinados às agroindústrias e fábricas de ração instaladas no Estado. Além disso, haverá uma cota de recursos disponíveis para o incentivo à produção de silagem com cereais de inverno nas propriedades rurais.

 

A Expofeira Nacional da Cebola foi realizada de 7 a 10 de abril, no Cerro Negro, em Ituporanga.

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