A cigarrinha do milho, problema que trouxe muitos prejuízos na safra 2020/2021, teve menor incidência na última safra devido a um esforço conjunto de produtores, entidades como Epagri, Cidasc e Cooperativas. E o trabalho precisa continuar para minimizar ainda mais a incidência da praga na região.

 

O manejo indicado para esta época do ano é a eliminação do milho voluntário, tiguera ou guaxo, principal hospedeiro na situação entressafra. “O produtor precisa eliminar qualquer tipo de planta de milho que ainda esteja na lavoura ou em qualquer parte da propriedade. Neste momento, é também importante que haja a cooperação entre vizinhos e na comunidade, porque a cigarrinha pode dispersar até 30 quilômetros num voo ativo”, explicou o engenheiro agrônomo da Cravil, Gentil Colla Junior.

 

De acordo com o pesquisador entomologista da Epagri/Cepaf, Dr.Leandro do Prado Ribeiro, um inverno mais rigoroso, com geadas de maior intensidade e frequência também pode ajudar na eliminação desta plantas guaxas, evitando a multiplicação do hospedeiro e, por consequência, reduzindo a pressão da cigarrinha.

 

É importante ressaltar que não existe medidas para mitigar as doenças transmitidas pela cigarrinha e, por isso, o manejo precisa ser preventivo. “Depois que a cigarrinha atacou uma lavoura de milho e fez a transmissão desses patôgenos não tem mais o que fazer. Não existe medidas que possa mitigar o impacto dessas doenças que vão desenvolver dentro do tecido vascular da planta, então as medidas sempre são voltadas para o manejo do inseto vetor, evitando o processo de transmissão”, explicou o pesquisador.

 

A Cravil que realizou no ano passado um bate-papo sobre o problema com produtores e técnicos da região e preparou um material impresso para todos os produtores quanto ao manejo, está mais uma vez trabalhando na orientação e conscientização para o manejo preventivo e adequado. “Existe hoje um comitê de ação contra a cigarrinha do milho e complexo de enfezamentos em Santa Catarina, um grupo formado pelo Governo do Estado, Epagri, Cidasc, Udesc, Organização das Cooperativas (Ocesc), Faesc e Fetaesc e a CropLife Brasil. Uma força conjunta que leva informação e dá assistência aos produtores”, explicou o gerente de desenvolvimento de produção da Cravil, Neimar Francisco Willemann.

 

 

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